sábado, 13 de junho de 2015

Curso de pilotagem defensiva Instrutor Amaral - Caxias do Sul, 05 e 06 de Junho de 2015



Nos dias 05 e 06 de Junho de 2015 estivemos na cidade de Caxias do Sul para participar do Curso de pilotagem defensiva do Instrutor Carlos Amaral, organizado pelos amigos Jorge U. Varella, Fábio Chitolina e Osni Roberto, dos moto grupos Bodes do Asfalto e Comanches.
Na noite do dia 05 foi ministrada a parte teórica, que durou cerca de 3 horas. Durante o dia 06 colocamos em prática os ensinamentos do Carlos Amaral, por quase todo o dia. Recebemos instruções de curvas, obstáculos, frenagem e uma pitada de “off road”. Tivemos um pequeno intervalo para o almoço, onde saboreamos um churrasco e fortalecemos os laços de amizade. As fotos foram feitas pela esposa do Carlos Amaral, a Geórgia Zuliani, que estava presente em cada curva e em cada pista criadas para nosso aprendizado.
Valeu cada momento, cada instrução e cada novo amigo. A recepção dos amigos de Caxias do Sul foi sensacional, fazendo com que nos sentíssemos muito à vontade e entre amigos.

Curso excelente, por parte do nosso professor, e organização perfeita, por parte dos amigos de Caxias do Sul.

Aula teórica

Instrução prática

Instrução prática - curvas

Instrução prática - Desvio de obstáculos

O grupo de alunos e o instrutor

O grupo de alunos e suas motos

Pressão do instrutor




segunda-feira, 1 de junho de 2015

Quarta Colônia – Silveira Martins, Vale Vêneto e São João do Polêsine


Domingo, dia 17 de Maio de 2015.
Após término do encontro comemorativo dos 10 anos da Facção Coração do Rio Grande do motogrupo Bodes do Asfalto, em Santa Maria, permaneci na cidade.  Resolvi, então,  fazer uma passeio pela região chamada de Quarta Colônia. Esta região, próxima à Santa Maria,  na região central do estado, é assim chamada por ser o quarto núcleo da colonização italiana no Rio Grande do Sul no século XIX e da qual fazem parte nove municípios: Silveira Martins, Ivorá, Nova Palma, Faxinal do Soturno, São João do Polêsine, Pinhal Grande, Dona Francisca, Agudo e Restinga Seca. Ali se pode encontrar diversas construções típicas italianas e igrejas, além de uma zona rural e costumes bastante característicos deste tipo de colonização.
Saí de Santa Maria em torno das 12:20 horas pela RS 287 em direção leste. Rodei por cerca de 9 Km até chegar no entroncamento com a VRS 804 (Estrada dos Imigrantes), estrada que leva até a cidade de Silveira Martins.  É uma rodovia de pista simples, com asfalto de qualidade bem razoável e com algumas curvas, além de um visual muito legal, o que é uma característica da região. Aos 10 Km na estrada se encontra um mirante de onde se pode contemplar a paisagem. A cidade de Silveira Martins fica mais 4 Km à frente.
Silveira Martins é considerado o berço da Quarta Colônia, pois foi ali que chegaram os primeiros colonos italianos da região, na localidade de Val de Buia, provenientes do norte da Itália, principalmente do Vêneto, em 19 de maio de 1877. Os imigrantes se instalaram no Barracão da Val de Buia, onde hoje é o Monumento ao Imigrante, erguido em comemoração ao centenário da imigração italiana, em 1977. A economia do município é baseada na plantação de feijão, milho, batatinha e soja, além do turismo e da gastronomia. Segundo dados do IBGE, a população de Silveira Martins é de 2.449 habitantes.

Monumento ao Italiano

Silveira Martins
Em Silveira Martins me foi indicado um restaurante chamado La Sorella, referenciado como culinária italiana de muito boa qualidade. Não foi difícil localizá-lo porém, ao chegar lá, percebi que estava lotado e que o atendimento ocorre apenas com reserva antecipada. A atendente, muito simpática, explicou que naquele dia estavam com duas “sessões” de reservas, sendo que a segunda iniciaria às 14 horas e que também já estava com capacidade esgotada. Embora não tenha provado a comida, fiquei com excelente impressão do local.
Saí de Silveira Martins  e rumei em direção à localidade de Vale Vêneto, distante 7 Km, por estrada não pavimentada. Vale Vêneto é distrito de outro pequeno município chamado São João do Polêsine. Ali chegaram, em 1878, os primeiros imigrantes provenientes, em sua maioria, da região do Vêneto, na Itália, o que deu origem ao nome da localidade. Foram cerca de 11 famílias que iniciaram a localidade. Ali chegando encontrei um discreto restaurante em um antigo sobrado de esquina em frente à igreja, sem qualquer placa que o indique. A entrada do lugar é apenas um bar simples porém, lá dentro existe um salão com as mesas do restaurante. Fiquei surpreso ao saber que este também era somente com reserva antecipada. Como eu estava só, fui acomodado em uma mesa onde pude almoçar. O restaurante de culinária italiana, oferece uma sequência de pratos, com uma variedade bastante reduzida porém com um sabor inigualável e com quantas repetições desejar. Inicia com uma tábua de frios, seguida de sopa de capeletti, salada verde, rizoto, filé à milanesa e nhoques recheados cobertos por um molho sensacional. Como sobremesa um sagu com creme feito com vinho bordeux produzido artesanalmente na região. Por mais que eu queira explicar, não tem como expressar o sabor e a qualidade da comida, que é feita pela senhora Romilda, que dá o nome ao restaurante (Restaurante Romilda). O atendimento é feito pelos proprietários e que fazem do lugar um recanto familiar. Conversando com dona Romilda, me contou que o restaurante iniciou devido aos motociclistas trilheiros da região que, ao ali chegarem,  gritavam sob a janela que estavam com fome, o  que  a fazia descer do sobrado e preparar alguma comida improvisada. Assim nasceu o Restaurante Romilda. O preço é bastante justo. A sequência sai por R$ 45,00 por pessoa. Não dá para perder o suco de uvas, que é servido em uma jarra pelo valor de R$ 15,00. Para completar, não há sinal de celular nem de internet no telefone, o que faz com que se possa saborear a comida com tranquilidade e, para quem estiver acompanhado, deixar o celular de lado e interagir com outras pessoas. O telefone para contato é (55)32891095.

Igreja de Vale Vêneto

Restaurante Romilda

Saindo de Vale Vêneto, segui em direção à cidade de São João do Polêsine. Foram mais cerca de 11 Km de estrada não pavimentada até chegarmos na ERS 149, onde se acessa à esquerda por mais 6 Km até chegar na cidade.
 São João do Polêsine recebeu esta denominação como forma de agradecimento a São João Batista pela acolhida que ali tiveram os imigrantes italianos e para manter viva a memória da localidade de Polêsine, no norte da Itália. Tem uma população de 2.700 habitantes
Neste dia estava acontecendo a 60ª Festa Regional do Arroz, em comemoração à colheita de arroz, com um desfile na rua principal com carros alegóricos representando o motivo da festa.  A cidade é muito simpática e bonita porém, devido ao evento do dia, não foi possível circular mais pelo local.
Ao sair de São João do Polêsine, percebi que havia perdido meu telefone celular, o que me fez retornar. Busquei ajuda em dois policiais militares que estavam no controle do trânsito (que saudades do tempo em que a Polícia Militar cuidava do trânsito de Porto Alegre) os quais prontamente me socorreram. O soldado Martinazzo ligou de seu próprio celular para meu número e, após algumas tentativas, conseguiu falar com o senhor que o encontrou. O policial me acompanhou até o local onde estava o senhor com meu telefone o qual me devolveu, recusando qualquer tipo de gratificação. Atitude como esta é que nos faz acreditar que ainda existe solução para a falta de moral que assola nossa sociedade.  Deixo aqui o meu agradecimento aos policiais militares, soldado Martinazzo e sargento Cardoso, da Polícia Militar da cidade de São João do Polêsine.
Estrada
Igreja de SãoJoão do Polêsine

Saí de São João do Polêsine já no final da tarde, de volta para Santa Maria, pela mesma ERS 149 até  chegar na RS 287. Foram cerca de 40 Km entre São João do Polêsine e o bairro Camobi, em Santa Maria. Ao todo o passeio foi de cerca de 90 Km. Em outro momento pretendo retornar com mais tempo e passar por outras cidades da Quarta Colônia.