segunda-feira, 25 de abril de 2016

Nova Roma do Sul e Nova Pádua



Sábado, dia 16 de abril de 2016. Saímos de Porto Alegre em torno das 9:15 h da manhã. Eu e a Renata em minha Triumph Tiger XCX e o amigo Humberto também em uma Triumph Tiger XC.
Seguimos pela BR 116 por cerca de 34 Km, até a localidade de Scharlau, município de São Leopoldo, onde acessamos a RS 122, seguindo até a cidade de Farroupilha, por aproximadamente mais 72 Km.
A partir de Farroupilha entramos na RS 448 onde, após cerca de 9 Km, acessamos uma estrada secundária à direita da via (no GPS mostra como estrada Dezenove de Julho porém, no Google Maps, mostra como sendo a mesma rodovia RS 448). É uma estrada de pavimentação razoável de asfalto e pista simples, porém com muitas curvas e um visual muito bonito. Nesse caminho, já no município de Nova Roma do Sul,  atravessamos uma ponte de ferro sobre o rio das Antas. A ponte é um dos pontos turísticos locais. Sua construção iniciou em 1928, quando Getúlio Vargas governava o estado do Rio Grande do Sul. Sua inauguração estava prevista para 12 de outubro de 1930 permanecendo fechada por correntes que impediam o tráfego. Porém, com o início da revolução de 1930, no dia 3 de outubro daquele ano, 21 caminhões de exército que rumavam para São Paulo forçaram a passagem, desamarrando as correntes e disparando tiros de fuzil sendo, então, inaugurada à força antes da data prevista. O seu nome original é Ponte Getúlio Vargas, mas é conhecida como Ponte de Ferro. Na margem norte do Rio Das Antas existem empresas para a prática de rafting.

Humberto - Ponte de Ferro

Marcos - Ponte de Ferro

Prosseguimos por mais 16 Km até chegarmos na cidade de Nova Roma do Sul, em torno das 12:50 h, com cerca de 150 Km rodados.
Nova Roma do Sul é uma cidade da serra gaúcha, formada por diversos vales, localizada a uma altitude de 750 m e uma população de 3490 habitantes. É caracterizada por suas belezas naturais, que encantam o turista. Sua colonização se deu a partir de 1880 por imigrantes russos, poloneses e suecos e, posteriormente, imigrantes italianos, os quais se tornaram a maior parte da população. Inicialmente pertencente ao município de Rio Pardo, sua emancipação se deu em 1987.
Na cidade almoçamos no restaurante Mangiare Di Baggio (estrada Júlio de Castilhos, 740). Nos Sábados o valor é de R$ 22,00 (livre) ou R$ 35,00 o Kg. O local é bastante simples servindo uma comida caseira bem saborosa e, embora com nome italiano, não se trata de um restaurante de comida típica. O atendimento é muito simpático e agradável.


Nova Pádua

Nova Pádua
Após o almoço seguimos em direção à cidade de Nova Pádua pela VRS 314, uma estrada sem pavimentação, por cerca de 13 Km. Ali as Tiger se mostraram “em casa”, passando muito bem pela estrada de chão batido. Nesta estrada passamos pela barragem da usina hidroelétrica Castro Alves. A usina tem capacidade de gerar 13 MW de energia (pode atender 227 mil famílias) através de três unidades geradoras, com altura máxima de 84,8 m e uma área alagada de 5 Km2.  Sua construção durou de agosto de 2003 a setembro de 2006. Juntamente com as usinas de Monte Claro e 14 de Julho formam o Complexo Energético Rio das Antas, com capacidade de atender 630 mil famílias da região.

Barragem da Usina Hidroelétrica Castro Alves

Cachoeirão

Desviamos um pouco nosso caminho na VRS 314, por uma estrada que é quase uma trilha, por mais cerca de 3 Km até o Cachoeirão, que são formações vulcânicas esculpidas pelas águas do rio das Antas, com corredeiras e cerca de 200 m de extensão, propício à prática de rafting. Nesta estrada as Tiger se comportaram muito bem, mostrando que são muito bem preparadas para este tipo de terreno.


Saindo do Cachoeirão, retornamos à VRS 314. Nesta estrada, para que se possa cruzar o rio das Antas, a passagem é feita por uma balsa (Balsa União II) movida à força humana por duas mulheres, a Sra. Lúcia e sua filha Daniela. A travessia é pequena mas o suficiente para nos deixar impressionados pela forma como as duas fazem com que a balsa se movimente de uma margem à outra do rio, apenas com a força de seus braços utilizando uma barra de madeira, em um cabo de aço, como alavanca. Tem capacidade de levar desde motocicletas até caminhões. O preço é de R$ 4,00 por moto. Ali é a metade do caminho entre Nova Roma e Nova Pádua.
Balsa sobre o Rio das Antas
Estrada VRS 314
Finalmente chegamos em Nova Pádua. Ficamos impressionados com a limpeza da cidade assim como com a qualidade da pavimentação das ruas, todas asfaltadas. Paramos em um posto de combustíveis para tomarmos água, onde aproveitei para abastecer a moto. Qual foi nossa surpresa, que não aceitam cartões de crédito e, segundo ali nos informaram, o mesmo acontece em todos os  estabelecimentos comerciais da cidade.

Nova Pádua é uma cidade da serra gaúcha, com uma população de cerca de 2500 habitantes. A colonização se deu no ano de 1886, por imigrantes italianos. Sua economia é baseada na agricultura familiar, com plantações de uva, pêssego, cebola, alho, maçã e produção de aves. Em 2006 foi o município de melhor índice de desenvolvimento infantil, segundo a UNICEF.
A 5 Km da cidade está a Belvedere Sonda, um local de onde se pode ter uma vista panorâmica dos vales, do Cachoeirão, do Rio das Antas, da Balsa e da Barragem. No local existe um restaurante, um hotel e uma loja de artesanatos. A estrada até lá é asfaltada e de excelente qualidade.

Saímos de Nova Pádua já no final da tarde pela RS 122 até São Leopoldo, entrando na BR 116 até Porto Alegre, chegando em torno das 19:45 h, com 336 Km rodados.

Belvedere Sonda - Vista do Rio das Antas

Belvedere Sonda - Vista do Cachoeirão

Rota