segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Camaquã




Sábado, dia 25 de agosto de 2018. Moto Triumph Tiger Explorer 1200 XCX.
O passeio deste dia teve como destino a cidade de Camaquã, ao sul de Porto Alegre.
Saí sozinho em torno das 15 horas pela BR 290 em direção sul, seguindo por cerca de 14 Km a partir da ponte sobre o lago Guaíba e continuando pela BR 116. Essas duas rodovias, BR 290 e BR 116, correm juntas neste trajeto até sua divisão ao final destes 14 Km, quando a BR 290 segue em direção oeste e a BR 116 em direção sul. Deste ponto em diante são mais 110 Km até a entrada da cidade de Camaquã.
O trajeto onde as duas rodovias correm juntas é de uma estrada duplicada e com ótima pavimentação. Ali se passa pelas quatro pontes que cruzam sobre os diversos canais do  delta do rio Jacuí que formam o lago Guaíba. Seguindo pela BR 116 a rodovia permanence duplicada por mais 10 Km até a entrada da cidade de Guaíba. A partir dali a rodovia é de pista simples, com uma pavimentação razoável, porém com um fluxo muito grande de veículos. A BR 116, neste trecho, é a principal rota para o porto de Rio Grande, o que faz com que tenha um intenso tráfego de caminhões em ambos sentidos. A estrada tem seu projeto de duplicação até a cidade de Pelotas em andamento, porém em um ritmo muito lento e sem perspectivas de conclusão em curto prazo.
Cheguei em Camaquã em torno das 16h20min, com 127 Km rodados onde percorri as principais ruas, parando em diferentes locais para fotografar. Morei na cidade por quase quatro anos durante minha adolescência e dali trago lembranças de uma época muito feliz. Foi um período de mudanças e descobertas, característica desta fase da vida, com a simplicidade e ingenuidade do final dos anos 70. Após circular pela cidade revendo os lugares que fizeram parte da minha história e cercado pela nostalgia, fui tomar um sorvete na sorveteria Drose, local onde não ia desde a adolescência. Na época era uma referência na cidade o sorvete chamado Gilda, onde misturávamos sorvete de chocolate com Coca-Cola. Ali, sozinho com minhas lembranças e o sabor de uma taça de Gilda, o passado vem em uma intensidade surpreendente. Lembrei de amizades das quais muitas mantenho até os dias de hoje. Foi onde tive a primeira namorada, atualmente amiga muito querida, e onde conheci a minha primeira esposa e mãe dos meus filhos com quem compartilhei os 31 anos seguintes. Tive as primeiras saídas no sábado à noite, nos poucos bares que existiam e na tão esperada ida à boate do Clube Camaquense.  As primeiras doses de bebidas e os primeiros porres. As saídas roubadas com o carro do meu pai. As festas de 15 anos e os bailes de debutantes, eventos máximos na época e quase esquecidos nos dias de hoje. Os compromissos escolares e a idealização de um futuro profissional.
O município de Camaquã está localizado no centro-sul do Rio Grande do Sul, na serra do sudeste, na margem direita da Lagoa dos Patos. Tem uma população de 66.031 habitantes, segundo dados do IBGE em 2016. O nome da cidade é uma referência ao rio Camaquã que tem parte de seu curso no município e cuja origem Tupi-Guarani significa Rio Forte (icabaqua). A fundação da cidade data do ano de 1815, quando o Capitão Joaquim Gonçalves da Silva, pai de Bento Gonçalves, doou um terreno para a construção da Capela Curada de São João Batista de Camaquã. A pecuária e o interesse religioso atraiu imigrandes de diversos países, que acabaram por povoar a região e, em 1864 é fundado o município de São João de Camaquã.
Saí da cidade em torno das 17h30min, retornando para Porto Alegre onde cheguei às 19 horas com 264,2 Km rodados e as lembranças da adolescência afloradas na mente e no coração.

Igreja Matriz

Antigo prédio da Prefeitura Municipal

Avenida Presidente Vargas

Colégio

Clube C

Avenida Olavo Moraes

Semáforo no centro do cruzamento das avenidas Presidente Vargas e Olavo Moraes. 

Semáforo no centro do cruzamento das avenidas Presidente Vargas e Olavo Moraes.
BANRISUL. Local de trabalho do meu pai.

Praça Dr. Donário Lopes

Praça Dr. Donário Lopes - chafariz da foca.

Sorveteria Drose

Taça de Gilda

Rota


Festa do Café, Cuca e Linguíça – 1º passeio da Tiger Explorer 1200 XCX



No sábado, dia 04 de Agosto de 2018, eu estreiando a Tiger Explorer 1200 XCX na estrada, e o amigo Humberto (Triumph Tiger Explorer 1200 XC) saímos para um passeio curto pela serra gaúcha sem um destino certo, apenas para uma volta de moto.  Seguimos pela BR 116 em direção à cidade de Nova Petrópolis, distante cerca de 90 Km de Porto Alegre. Ao passar pela cidade de Picada Café, cerca de 10 Km antes de Nova Petrópolis, nos deparamos com uma festa local, a Festa do Café, Cuca e Linguíça, um evento típico da cultura alemã, predominante naquela região do estado do Rio Grande do Sul. A festa está em sua 9ª edição e conta com barracas para a venda de cucas de sabores variados e linguíças diversas. O evendo aconteceu no parque histórico Jorge Kuhn, à beira da BR 116, um local em meio à natureza e com a preservação de prédios históricos, dentre eles o Açougue Progresso, construído no ano de 1941 e que hoje abriga o museu do Açougue e uma cafeteria com produtos típicos. Optamos por alomoçar na no local da festa, após seguindo o passeio passando por Nova Petrópolis e Gramado e retornando para Porto Alegre pela RS 115, passando pelos municípios de Três Coras, Igrejinha e Taquara, pela RS 239 e BR 116, trajetos já descritos outras vezes aqui no blog. Foi um passeio onde rodamos 258 Km, chegando em Porto Alegre em torno das 20:15 horas.