Marcos e
Renata: Triumph Tiger Explorer 1200 XCX
Humberto e
Marina: Triumph Tiger Explorer 1200 XCA
Sábado, dia
22 de junho de 2019.
Saímos de
Porto Alegre em torno das 8h45min pela BR 116 por 30 Km até a localidade de
Scharlau, onde entramos na ERS 240 seguindo por mais 13 Km até a ERS 122, no
município de Portão. Continuamos por mais 38 Km até RS 446 em São Vendelino,
onde se cruza por sobre a rodovia ERS 122, acessando um viaduto à direita da
via e seguindo por mais 17 Km até a BR 470. Por essa rodovia são mais 38 Km até
o acesso à estrada para a Estação Jaboticaba, no Km 194, na cabeceira da ponte
sobre o Rio das Antas. Nesse ponto se entra por uma estrada sem pavimentação
rodando por mais 5 Km até chegarmos na antiga estação de trens.
A estação
parece estar praticamente abandonada. À frente, sobre os trilhos, estão vagões
de trem da empresa ALL em estado de total abandono, alguns bastante
danificados, o que não tira sua imponência e aspecto histórico. A Estação
Jaboticaba foi inaugurada em 1967, sendo um entroncamento da linha Mafra –
Lages – General Luz e ramal de Bento Gonçalves.
Logo em
frente ao ponto de acesso à estrada para a Estação Jaboticaba, na BR 470,
existe um restaurante simples chamado Restaurante Recanto, com uma comida
caseira bastante saborosa, atendimento muito cortês e com o visual deslumbrante
da ponte sobre o Rio das Antas. Almoçamos ali com um custo de R$ 14,00 por
pessoa.
Após o almoço
retornamos pela BR 470 em direção à cidade de Pinto Bandeira. Seguimos por 28
Km até a entrada da cidade de Bento Gonçalves no ponto chamado Pipa Pórtico,
onde existe um pórtico com desenho de uma pipa de vinho. Atravessemos a cidade
até chegarmos na RS 444 (a sinalização do trajeto é muito boa), seguindo por
cerca de 6 Km até a Estrada Barracão, por onde se anda cerca de 1,7 Km até a
VRS 855, seguindo esta por mais 13 Km até a pequena cidade de Pinto Bandeira. O
visual ao longo das estradas é sensacional, com todas as rodovias em bom estado
de conservação.
Chegamos em
Pinto Bandeira no meio da tarde e fomos em busca de hospedagem. A região conta
com algumas pousadas e hotéis, porém estavam quase todos lotados devido a um
evento na cidade de Bento Gonçalves. Conseguimos nos hospedar na Pousada Dona
Elida, na área urbana de Pinto Bandeira (Rua 7 de Setembro, 1471). Um lugar
simples e muito aconchegante, com apenas quatro quartos. O atendimento é
familiar e a proprietária bastante atenciosa. Na pousada existem árvores
frutíferas de bergamotas e laranjas onde os hóspedes podem comer as frutas à
vontade e, até mesmo, levar para casa. Um ponto negativo da pousada se deve aos
quartos não disponibilizarem água quente nas torneiras e o chuveiro ter
aquecimento elétrico, fatores que podem comprometer nos dias de inverno já que
é uma região serrana e com temperaturas habitualmente mais baixas. Em dias e
horários específicos funciona um restaurante junto à pousada.
No final da
tarde fomos conhecer a Vinícola Dom Giovanni, que tem seu acesso no Km 21 da
VRS 855. Tentamos conseguir um transporte para que pudéssemos degustar os
vinhos ali produzidos, porém fomos informados que não existe táxi ou outro
transporte que preste este tipo de serviço, que fez com que fôssemos de moto. No
local existe, além da vinícola, uma pousada que estava com lotação esgotada. Lá
fomos recebidos pelos proprietários, o Sr, Ayrton e a Sra. Beatriz, um casal
extremamente simpático. Fizemos uma visita guiada pela enóloga da Dom Giovanni,
com a degustação prejudicada devido estarmos pilotando. A Dom Giovanni conta
com 17 hectares de vinhedos das variedades de uvas Chardonnay, Pinot Noir,
Cabernet Franc e Merlot. Os vinhos são compostos de 100% das uvas que estão no
rótulo (a legislação brasileira permite que até 25% do vinho seja de outra uva),
sem fertilizantes e herbicidas químicos, preconizando uma viticultura
sustentável e ecológica, produzindo uvas de melhor qualidade, o que se reflete
na qualidade dos seus produtos. No local funcionava a empresa Dreher, da
família da Sra. Beatriz, sendo adquirida pelo casal e criada a Dom Giovanni.
Após sairmos
da vinícola fomos buscar um local para comermos algo, pois a fome já começava a
dar sinais. O único local na pequena cidade era uma lanchonete onde saboreamos
um hamburger de muito boa qualidade e ainda levamos uma tábua de frios para à
noite, na pousada. Saímos da lanchonete em torno das 19h15min, já tendo
anoitecido, com o silêncio e a tranquilidade da cidade não lembrando em nada as
noites de Porto Alegre.
A região de
Pinto Bandeira apresenta as condições ideais para a produção de vinhos, com o
solo e clima considerados o terceiro melhor do mundo para a produção de
espumantes, obtendo certificação de Indicação de Procedência de Pinto Bandeira.
O início da
colonização de Pinto Bandeira se deu no ano de 1876, quando ali chegaram os
primeiros colonos italianos. Em 1913, então chamada de Nova Pompéia, a
localidade foi elevada a distrito de Bento Gonçalves. Em 1938 teve seu nome
modificado para Pinto Bandeira. Em 1996 o distrito foi emancipado de Bento
Gonçalves e, em 2003, por ação do STF, retornou à condição de distrito de Bento
Gonçalves, assim permanecendo até 2010, quando retomou sua autonomia política.
A população estimada do município em 2017 era de 2868 habitantes.
Na manhã
seguinte iniciamos nosso retorno para Porto Alegre, seguindo pela VRS 855.
Antes, no entanto, paramos para conhecer a Vinícola Geisse. O acesso se dá no
Km 23 onde se anda cerca de 1 Km em uma estrada asfaltada e mais 600 metros em
uma estrada sem pavimentação. A vinícola Geisse é um local espetacular, com
grande área verde para receber visitantes que ali podem desfrutar de um dia
inteiro no meio da natureza. Tem uma gastronomia bastante diferenciada e uma
tranquilidade indescritível.
Saímos da
Geisse já no início da tarde. Por se tratar de um domingo, lembramos que a BR
116 junto ao município de São Leopoldo se torna bastante congestionada. Optamos
por voltarmos pela BR 386, passando pelo município de Montenegro. Seguimos pelo
mesmo trajeto de ida através das RS 444 até Bento Gonçalves, BR 470, RS 446 e
ERS 122 até a localidade de Portão, onde entramos na ERS 240, seguindo por 23
Km até o município de Montenegro e mais 3,5 Km pela ERS 287 até a ERS 124.
Nesta rodovia andamos 17 Km até a BR 386, mais 20 Km até a BR 448, 12,5 Km até
a BR 290 e 2,5 Km até a Av. Castelo Branco, entrada de Porto Alegre. Após
termos feito esse trajeto, descobrimos que existia um caminho um pouco mais
curto entre a ERS 122 e o município de Montenegro, através da RS 124, cerca de
16 Km mais perto.
Neste passeio
rodamos 422,2 Km pelas estradas da Serra Gaúcha, onde passamos a conhecer um
pouco mais dos vinhos desta região e compartilharmos momentos incríveis de
muita tranquilidade.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário