segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Expedição 2014 - 1º dia.


Expedição 2014
Brasil – Uruguai – Argentina


Inicio aqui o relato de nossa viagem pelo Brasil, Uruguai e Argentina, ocorrido entre os dias 06 e 17 de dezembro de 2014. Os relatos serão colocados de forma fragmentadas, para que possam ser lidos de forma independente, conforme os locais que passamos.

Primeiro dia: Sábado, 06 de Dezembro de 2014.

Saímos de Porto Alegre às 6:55 h. Álvaro, na Yamaha XT 600 e eu na Honda NC 700 X.
Rumamos pela BR 116 em direção ao sul. O trajeto desta rodovia se dá de forma sobreposta à BR 290, até o município de Eldorado do Sul, cerca de 12 Km de Porto Alegre. No final da BR 290 existe uma praça de pedágio com um custo de R$ 5,15 para motos. Logo em seguida se continua pela BR 116.
Nossa primeira parada foi a 128 Km, na entrada da cidade de Camaquã, no paradouro SIM, para um cafezinho. Após, seguimos viagem até Pelotas.
Nesta rodovia, no trajeto até Pelotas, ainda existem mais dois paradouros recomendáveis. Um fica a cerca de 260 Km de Porto Alegre e se chama Paradouro Grill, local onde param os ônibus que fazem o trajeto de Porto Alegre para o Sul do Rio Grande do Sul. Logo em seguida a este paradouro há uma praça de pedágio onde motos são isentas. O outro paradouro fica a cerca de 286 Km de Porto Alegre (cerca de 26 Km do paradouro Grill), chamado Coqueiro. Em ambos se pode encontrar posto de combustíveis. Um pouco antes de chegar em Pelotas existe outra praça de pedágio, também isento para motos.
Tanto o trecho da BR 290 como todo o resto do trajeto percorrido na BR 116 são de boa pavimentação. A 116 está em obras para sua duplicação e ficará ainda melhor após a conclusão. Deve-se ter atenção, pois em parte do trajeto a velocidade máxima é de 100 Km/h voltando, posteriormente, a ser de 80 Km/h, o que pode nos fazer ser multados, já que é frequente o uso de radar móvel pela polícia rodoviária.
Chegamos em Pelotas em torno das 10:30 h com 267 Km rodados. Lá encontramos o Jorge e o Renan (Honda CB 300) nos aguardando em um posto de combustíveis no acesso à BR 392. Junto a eles estavam meu irmão, André Vinícius, e  o amigo Paulo. Após um período de conversas e mais um cafezinho seguimos em direção ao Uruguai. Agora eu, Álvaro, Jorge e Renan. Continuamos pela BR 392 por 36 Km até o Km 27, na Vila da Quinta, município de Rio Grande. Este trecho da BR 392, entre Pelotas e Rio Grande está totalmente duplicado, sendo uma estrada excelente para rodarmos.  Ali acessamos a BR 471 em direção ao Chuí, fronteira do Brasil com o Uruguai.

Saída de Pelotas
Percorremos a BR 471 por 107 Km, até chegarmos em nossa próxima parada, em torno das 13:05 h, no paradouro Costa Doce, onde almoçamos e abastecemos as motos. Ali estávamos com 411 Km desde a saída de Porto Alegre. O consumo de gasolina da minha NC ficou em 29 Km/l.
A BR 471 é bem pavimentada e quase não tem curvas, o que faz com que acabemos por acelerar um pouco mais que o habitual, devido à monotonia da estrada. Deve-se ter muito cuidado na localidade de Taim, onde existe uma reserva ecológica, sendo bastante comum animais, como as capivaras, atravessarem a estrada podendo ocasionar acidentes graves, principalmente com motocicletas. Neste trecho, de cerca de 15 Km, a velocidade máxima é de 60 Km/h. A atenção deve ser redobrada pois, além dos animais na estrada, existem controladores de velocidade, embora sinalizados. Encontramos cerca de 4 capivaras mortas por atropelamento à beira da estrada, dentro da Estação Ecológica do Taim. O local é muito bonito e, independente do perigo de acidentes com o animais, vale muito à pena passar devagar também para contemplar a paisagem.
BR 471
Chegamos no Chuí às 15:40 h, agora com 531 Km de estrada. As rodovias por onde passamos, desde Porto Alegre até aqui foram muito boas, sem problemas maiores em suas pavimentações.
No Chuí reabastecemos as motos (NC com 26 Km/l) e fomos em busca dos coletes reflexivos, que agora é norma para os motociclistas que trafegam nas estradas do Uruguai. Após procuramos um pouco, encontramos ao preço aproximado de R$ 15,00 cada.
Logo em seguida à saída do Chuí, seguindo pela Ruta 9, se passa pela Aduana Uruguaia, o que não traz maiores dificuldades para fazer a imigração, desde que tenhamos a documentação necessária, ou seja, carta verde, documento do veículo e documento de identidade em bom estado de conservação e atualizado (carteira de identidade ou passaporte). Vale lembrar que, em caso de veículo financiado, se deve levar a autorização do agente financeiro para circular fora do Brasil, assim como também em caso de o veículo não estar no nome do condutor, se deve ter a autorição registrada em cartório do proprietário legal.
Após passarmos pela aduana, seguimos pela Ruta 9 até a Fortaleza de Santa Tereza, no município de Castillos, departamento de Rocha. A fortificação, considerada a mais expressiva do país, se inscreve no Parque Nacional de Santa Teresa. Integrava a antiga linha raiana, denominada como Linha de Castillos Grande (Tratado de Madrid1750) e tinha a função de guarnecer o desfiladeiro de Angostura, vizinho ao monte de Castillos Grande, cerca de vinte quilômetros ao sul da Lagoa Mirim, e cerca de 40 Km do Chuí.

Ruta 9
Fortaleza de Santa Tereza
Fortaleza de Santa Tereza
Continuamos pela Ruta 9 até o município de Rocha, a 138 Km do Chuí, onde paramos para reabastecermos as motos e tomarmos mais um cafezinho, junto ao Paradouro Puerta Rocha, à esquerda da estrada. Ali tem um posto de combustíveis da ANCAP, bandeira Uruguaia. Minha NC fez 24,41 Km/l. Aqui surgiu o primeiro problema da viagem. A tampa do tanque de gasolina da XT 600 do Álvaro emperrou e não foi possível reabastecer. O combustível no tanque ainda era suficiente para chegarmos em Punta Del Este onde, no dia seguinte, tentaríamos efetuar o concerto, embora fosse domingo.
Saímos de Rocha e seguimos em direção à Punta Del Este, passando pela cidade de San Carlos. Chegamos em torno das 22:30 h e fomos direto para a pousada La Lomita del Chingolo, com 760 Km rodados desde a saída de Porto Alegre. Nesta época do ano o Uruguai também tem horário de verão, o que faz com que a hora do Brasil seja a mesma de lá.
Após descarregarmos as motos, saímos para nosso primeiro jantar em terra Uruguaia. Fomos a um restaurante onde, por R$ 56,00 por pessoa comemos entrecot recheado, picanha, salada verde, batatas fritas, arroz e refigerantes. Comida excelente.
Saída de Rocha
A pousada é um lugar muito agradável e simples. Ela é de propriedade do Rodrigo e da Alejandra que fazem do local uma residência aos seus hóspedes. A casa era de propriedade do avô do Rodrigo, cujo apelido era Chingolo. Lomita significa um pequeno morro. O café da manhã é feito pela própria Alejandra, com "sanduiches calientes com jamón e queso", ou seja, torradas de presunto e queijo, como chamamos no Rio Grande do Sul ou misto quente, como no resto do Brasil. Deve-se ter atenção, pois as casas nesta rua não tem números. Para encontrarmos a pousada, além de utilizar o GPS, necessitamos perguntar na vizinhança. O Google pode ajudar na localização. O valor da diária foi de cerca de R$ 67,00 por pessoa.


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