segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Expedição 2014 - 9º dia.




               Nono dia: Domingo, 14 de Dezembro de
         Saímos de Rosario pela manhã com destino à Termas de Daymán, em Salto, no Uruguai. Pegamos a autopista em direção à cidade de Santa Fé. O caminho  é por uma excelente estrada, com dois pedágios ao custo de 14 pesos argentinos, cerca de R$ 3,50 para motos. Cerca de 20 Km antes de chegar em Santa Fé passamos por um campo de girassóis lindíssimo. Na estrada, dentre os diversos veícuos que passaram por nós, chamou a atenção uma van com pessoas idosas as quais fizeram questão de nos abanarem com um largo sorriso em seus rostos. Situações simples que acontecem na estrada e que não tem preço.
Chegamos em Santa Fé com cerca de 168 Km desde nossa saída de Rosario. Abastecemos as motos e ali conversamos um pouco com algumas pessoas de uma família que estavam nos fotografando. É incrível como o motociclismo chama a atenção de adultos e crianças, gerando conversas e fazendo novas amizades nos locais por onde se passa. Ganhei ali um botton do Club Atletico Unión, também conhecido por Unión de Santa Fe.

Santa Fé



Paramos mais aiante em uma loja de conveniências de outro posto de combustíveis para um lanche antes de seguirmos viagem. Ali conhecemos pessoas muito legais o que fez com que ficássemos um tempo maior do que havíamos programado, pois a conversa estava muito boa. Dentre as pessoas que ali conhecemos estava um motociclista local chamado Jorge, com uma moto dos anos 50, da marca italiana Gilera. Este amigo faz parte da Agrupación Santafesina de Motocicletas Antiguas (A.S.M.A.), com página no Facebook. Também tivemos a oportunidade de conhecer o proprietário do local, que nos mostrou sua recente aquisição, uma Kawasaki KLR 650 lindíssima. Antes de sair, sabedor do botton que eu havia recebido recentemente do Unión de Santa Fe, um torcedor do time adversário, o Club Atletico Colón, me presenteou com o seu próprio chaveiro, do time do coração.

Moto do grupo A.S.M.A.
Seguimos viagem em direção ao Uruguai. Saindo de Santa Fe em direção a cidade de Parana, passamos por uma obra de engenharia fantástica. Um túnel que passa sob o rio Parana, o Túnel Subfluvial Uranga-Silvestre Begnis. A medida que vamos chegando próximo ao túnel, a autopista começa a descer gradativamente. Em pouco tempo já estamos dentro do túnel, sob as águas do rio Parana. Tem uma extensão de cerca de 3 Km, unindo a ilha de Santa Cándida, vizinha a Santa Fe, com a cidade de Parana, capital do departamento de Entre Rios. Foi montado com 37 cilindros de 67 m de comprimento, 10 m de diâmetro e espessura de 50 Cm, a uma profundidade que chega a 30 m sob leito do rio e com um sistema de segurança muito bem elaborado.

Túnel Subfluvial


Seguindo pela RN 18, nossa próxima parada foi na pequena cidade de Vilaguay para reabastecermos, a 183 Km de Santa Fe (NC fez 27,78 Km/l). Descanso, água e gasolina. Para entrar em Vilaguay é necessário sair da RN 18 e entrar na RN 130 por aproximadamente 6 Km.
Retornamos à RN 18 e, em poucos kilometros fomos parados pela polícia rodoviária do departamento de Entre Rios. Após fiscalização dos documentos e uma conversa amigável e divertida com o policial, lhe presenteamos com nossos adesivos e seguimos viagem. A RN 18 é uma estrada muito boa, apenas com um trecho ruim após Vilaguay. Está em obras para sua duplicação, o que fará com que fique ainda melhor.
Passamos pela aduana da Argentina e Uruguai no final da tarde, na cidade de Concordia, ainda na Argentina, onde fizemos a imigração, também bastante tranquila. Mais um pouco de conversas com o pessoal do Uruguai e seguimos para as termas de Daymán, onde chegamos em torno das 20 horas, hora local, com cerca de 8 horas de viagem e 529,5 Km rodados desde a saída de Rosario. O trajeto entre a aduana e Termas de Daymán foi com um pôr do sol magnífico, passando pela ponte do Salto Grande sobre a barragem do mesmo nome, que une as cidades de Concordia, Argentina e Salto, Uruguai.

Chegada em Salto, Uruguai.

Em termas de Daymán ficamos no Apart Hotel El Mirador, um local muito legal. São três andares de apartamentos que acomodam um casal e duas pessoas, com camas e banho muito bons, além de uma higienização impecável. O café da manhã está incluido, nos padrões uruguaios. Não tem garagem fechada mas tem estacionamento na frente. Pagamos cerca de R$ 100,00 por pessoa para ficarmos duas noites. O quarto quádruplo ou duplo saem pelo mesmo preço, o que nos fez optar por dois quartos duplos. O pessoal de atendimento são muito simpáticos e prestativos, exceto pela atendente do café da manhã que não tem qualquer tipo de interação com os hóspedes.
Fomos jantar no em um restaurante ao lado do parque termal municipal, chamado Brisas de Daymán, porém não recomendável, com comida que deixa a desejar e um atendimento péssimo por parte do garcon que nos recebeu. 

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