segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Expedição 2014 - 3º dia.



Terceiro dia: Segunda-feira, 08 de Dezembro de 2014.

Montevideo é a capital e maior cidade do Uruguai, além de ser a sede do MERCOSUL. A população é de cerca de 1,3 milhões de habitantes.
Após o café da manhã no hotel, fomos até uma loja de motos, representante da marca Royal Enfield, na Av. Gral. Rivera, 4406, onde o Álvaro solicitou ajuda para um ajuste na corrente de sua moto. Fomos muito bem recebidos e, embora não fosse uma oficina, muito menos uma concessionária Yamaha, a atenção dispensada a nós foi muito boa. Ali, além das Royal Enfield,  vendem acessórios para motocicletas e motociclistas.
De lá fomos ao Shopping Tres Cruces, localizado na Av. Italia com Blvr. Artigas, na loja de vendas da Buquebus, para comprarmos as passagens de Colonia del Sacramento para Buenos Aires. Resolvemos deixar as motos em Colonia e irmos sem nossas companheiras para Buenos Aires, já que fomos informados que, além de ter um trânsito complicado para motos, principalmente estrangeiras, o índice de roubos é bastante grande por lá. A loja da Buquebus fica no subsolo do Shopping e tem um atendimento muito bom. Ali foi possível não só comprarmos as passagens como também fazermos as reservas do hotel. Existem mais de um tipo de embarcações, sendo que o tempo de viagem pode variar entre 1 a 3 horas de viagem. O custo da viagem, em embarcação rápida, ida e volta (1 hora de viagem entre Colonia del Sacramento e Buenos Aires), transfer para o hotel e retorno ao porto,  e três noites de hotel em Buenos Aires foi de, aproximadamente, R$ 440,00 por pessoa.
Após sairmos do Shopping Tres Cruces fomos ao Estádio Centenário. O estádio, localizado na rua Turquia, 3302, entre Inglaterra e Mejico, pertence à Intendencia Municipal de Montevideo e destina-se a receber as partidas de futebol dos times locais, principalmente Peñarol e Nacional. Foi inaugurado em 1930, para sediar a copa do mundo aquele ano ocorrida no Uruguai. No seu interior há o museu do futebol, visitado pelo Jorge e pelo Renan. O estado de conservação do estádio está muito aquém do que se poderia esperar. O valor para visitar o Centenário é de 50 pesos uruguaios (cerca de R$ 5,00). Com a visita ao museu incluída sai por 100 pesos (cerca de R$ 10,00).

Estádio Centenario
Saímos do Estádio Centenário e fomos passear pela cidade. Fomos, inicialmente, ao Parque Rodó, localizado no bairro de Punta Carretas. O nome é uma homenagem ao escritor uruguaio José Enrique Rodó. Em frente há o Casino Parque Hotel, um dos cassinos mais importantes de Montevideo. Almoçamos por ali, em um restaurante muito simples, com comida razoável e preço um pouco abaixo da média. Não é um lugar que eu recomendaria.
Após almoçarmos continuamos nosso passeio pela capital Uruguaia. Fomos à Cidade Velha (Ciudad Vieja), que é um bairro que abriga a região onde iniciou a cidade, no ano de 1724. Deixamos as motos estacionadas na rua, em local prórpio para motocicletas, já que não encontramos estacionamento fechado que aceitasse motos nas redondezas e, no único que conseguimos, solicitaram para deixarmos as motos soltas, o que não nos inspirou confiança em relação à possibilidade de danos, não necessariamente a furto.

Rua Sarandi com os Portones de la Cidadela ao fundo
Na Cidade Velha está a Plaza Constitucón, onde se encontra a Catedral Metropolitana de Montevideo, antiga Igreja Matriz, construída a partir de 1790. Na praça existe uma feira de artesanatos uruguaios. Esta praça foi o centro do início da cidade. Em posição oposta à Catedral, está o Cabildo de Montevideo, sede do governo colonial. Seguindo pela rua Sarandi por duas quadras, se chega à Plaza Independencia onde, no período colonial, foi um forte chamado Cidadela. Ainda existe no local parte da construção onde foi um dos portões do forte, conhecido por Portones de la Ciudadela, localizado no cruzamento da rua Sarandi com a rua Juncal.
Atravessando a rua Juncal e o Portone de la Ciudadela, no término da Sarandi, se entra na Plaza Independência. Ali está localizado uma imponente estátua do Gen. Artigas, montado sobre cavalo, e seu mausoleo. José Artigas era um soldado espanhol, com ideais iluministas, que liderou um movimento popular na margem esquerda do Rio da Prata, a chamada Banda Oriental,  contra Espanha e Portugal, para libertar a região do domínio europeu. Devido suas ações em defesa dos pobres, até hoje é conhecido como “El protector de los pueblos libres”. Em 1816 tropas luso-brasileiras invadem o Uruguai e, após quatro anos de resistência, as tropas de Artigas são derrotadas e Portugal anexa ao Brasil as terras retomadas, com o nome de Província Cisplatina. Derrotado, Artigas vai para o exílio, onde morre em 1850, sem jamais retornar ao Uruguai. A Província Cisplatina permaneceu anexada a Portugal e, depois ao Brasil, até 1828, quando obtém sua independência.

Plaza Independencia


Seguimos nosso passeio a pé pela Av. 18 de Julio, que é um dos principais centros comerciais de Montevideo. Na esquina desta avenida com a Rua Yi está localizada a Fuente de los Candados (Fonte dos Cadeados), uma fonte onde casais prendem cadeados com seus nomes gravados e colocam as chaves fora, na crença que assim o amor entre o eles jamais acabará. Em frente à fonte está o restaurante Facal, um local tradicional de Montevideo e com um atendimento muito simpático.



Retornamos às motos e fomos passear pela Rambla, onde seguimos até o Hotel Casino Carrasco, no bairro Carrasco, por uma distância aproximada de 19 Km. O hotel, em estilo francês, foi inaugurado em 1921 como um balneário para a elite do início co século XX. É uma das construções mais tradicionais de Montevideo. Hoje, revitalizado, está sob domínio do grupo Sofitel.
À noite jantamos com os primos Roxana e Franco em sua residência. Um típico jantar uruguaio, com “ensaladas, papas e milanesas”, além de uma excelente cerveja. É claro que estávamos sem as motos.
Neste dia rodamos exatos 67 Km dentro de Montevideo.



Rambla

Rambla

Teatro Solis, em frente à Plaza Independencia

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